sábado, 19 de março de 2016

Ratisbona 567

E quando fui levado a apagar a luz,
porque temia não ver os olhos teus,
algo familiar se desmistificava diante de mim.
A parede de um amarelo atônito, me parecia 
agora toda constelação do céu.
O escuro que se propagava,
me dava a impressão de estar numa relva, mas desta vez não tenho medo.
Algo vazio, agora, está preenchido dentro de mim.
O silêncio por fora; a melodia dos nossos corpos, 
o cochichar dos nossos lábios,
a surreal presença de estar em casa de novo, por dentro.
Por fora não vejo seus olhos.
E o macio toque dos teus lábios, me impede de tal feitio.
Há um perfume no estalar dos nossos corpos que não me lembra nada.
Ele insiste!
Mas o deleite de passar por suas linhas e curvas,
é como estar num sonho bom de novo .
E o pisar dos meus pés sobre tu me ânsia  novos caminhos.

21- Fevereiro-16

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