O pescador
Quando penso no mar
e toda àquela brancura que reflete do luar. Penso,
como é pavoroso estar a noite em alto mar.
Mas esta é apenas uma lembrança.
As flores também, me lembram algo, em-mar
a mulher saltitante-das-águas,
flores amarelas também.
Laranja no chão da feira,
comércio de lamparinas.
II
Ao partir,
deixo a sorte de voltar de novo.
Coração aperta, lembro que ao mar eu-vou,
Se eu pudesse morrer no mar.
vivi-ficar no pomo de fim de feira,
cintilar no vidro da lamparina. Ah, seu eu pudesse morrer no mar.
E se sair, só pra amar.
Fazer parte do mar,
da nau, quando a nuvem chorar.
E matar, quebrar, zicar...
e sair de lá, quando for hora, de sorte... do meu amor,
Chegar, a-mar.
domingo, 28 de agosto de 2016
sábado, 19 de março de 2016
ESQUINAS
Deus me livre da inércia
pois é dela que vem todo o mal.
Me livre de todas as convicções,
pois o que eu sei; tudo é experiência.
Venda jornais, venda café; nas esquinas.
Pois são delas que vem todo o saber.
Invente 'números', profissões, calendários. Mas isso não é saber.
Sinta, expanda, ultrapasse a ponte dos seus olhos,
mas não sinta a fome; ande! Ande igual as águas do rio,
independente do clarão; sinta! Pois há outra esquina
e nela, o caos que tu não obraste. E o verde reluz a tu, te cega.
E a chama te aquece, no vazio; permaneces tu.
Senta e faz uma pergunta, e não te preocupas,
que te será bem vindo o retorno.
Pois tu, e todos semelhantes a tu, não precisarias-iam de todo saber, apenas ser.
Uma criança, de cabelos brancos e linhas nas mãos.
Que descobre em si a trilha da perfeição.
pois é dela que vem todo o mal.
Me livre de todas as convicções,
pois o que eu sei; tudo é experiência.
Venda jornais, venda café; nas esquinas.
Pois são delas que vem todo o saber.
Invente 'números', profissões, calendários. Mas isso não é saber.
Sinta, expanda, ultrapasse a ponte dos seus olhos,
mas não sinta a fome; ande! Ande igual as águas do rio,
independente do clarão; sinta! Pois há outra esquina
e nela, o caos que tu não obraste. E o verde reluz a tu, te cega.
E a chama te aquece, no vazio; permaneces tu.
Senta e faz uma pergunta, e não te preocupas,
que te será bem vindo o retorno.
Pois tu, e todos semelhantes a tu, não precisarias-iam de todo saber, apenas ser.
Uma criança, de cabelos brancos e linhas nas mãos.
Que descobre em si a trilha da perfeição.
Ratisbona 567
E quando fui levado a apagar a luz,
porque temia não ver os olhos teus,
algo familiar se desmistificava diante de mim.
A parede de um amarelo atônito, me parecia
agora toda constelação do céu.
O escuro que se propagava,
me dava a impressão de estar numa relva, mas desta vez não tenho medo.
Algo vazio, agora, está preenchido dentro de mim.
O silêncio por fora; a melodia dos nossos corpos,
o cochichar dos nossos lábios,
a surreal presença de estar em casa de novo, por dentro.
Por fora não vejo seus olhos.
E o macio toque dos teus lábios, me impede de tal feitio.
Há um perfume no estalar dos nossos corpos que não me lembra nada.
Ele insiste!
Mas o deleite de passar por suas linhas e curvas,
Mas o deleite de passar por suas linhas e curvas,
é como estar num sonho bom de novo .
E o pisar dos meus pés sobre tu me ânsia novos caminhos.
21- Fevereiro-16
21- Fevereiro-16
VERSO ALVO
Tu é a pessoa mais difícil de mim entender.
Mas pense numa pessoa linda que é tu!
Pareço um bobo ao te explicar uma tese,
mas indaga em mim uma reflexão sobre teses.
As pessoas que avaliam teses, são chatas e monótonas,
sem graça nenhuma.
Gosto de você, não me vejo sem um preenchimento seu
que encarne em mim.
Em anatomia você não seria minha cabeça.
Nem em exatas você seria a minha multiplicação.
Talvez a minha sensibilidade, se
existissem ciências para comutar a esplêndida arte da sensibilidade.
Mas isso seria uma horrenda chatice.
Preferiria morrer.
"A arte existe para que não possamos morrer de tédio".
Talvez seja você o meu coração.
Não!
Talvez as batidas dele.
Não!
Talvez aquele arrepio.
Não!
Talvez aquele ganancioso despertar.
Não!
De fato, nem és tu, minha rosa,
Nem meu lírio,
Nem tampouco, malditos.
Prefiro dizer que você vive em você,
E se tentardes sair desse ciclo,
Excomungarei-a
Esconjurarei-a
E, proclamarei o belo Amor.
Para que percebas em tu, as obras.
E se breve e sucinta,
tu cegar ao que te disseres,
vereis em mim,
a intenção de bramar pelos vales mais escuros.
Dizendo eu,
que nada há de sentido na rosa,
nem no lírio.
Serei um tolo.
C.z
08-MAR-16
nenhu
Somnium
O futuro um vez chegado é passado.
E se eu pudesse te contemplar como assim faz um semeador de rosas.
E se eu pudesse ter a tua certeza, de que estaria inconfundivelmente, igual a lua para um astrônomo.
E se eu tivesse que abrir as cortinas do meu quarto para que a tua luz não passasse da janela até mim.
E mesmo que tudo isso tenha valia,
Os teus anos são só um dia,
E o teu dia, não é cada dia, mas hoje.
C.z
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